REFLETIR NO QUE DEIXOU DE SE FAZER, PARA NÃO SE ARREPENDER NO QUE NÃO SE FARÁ.

Para adentrar e merecer o repouso tranquilo dos céus, o corpo deve carregar dentro de si uma alma com a leveza do bem. Isso quer dizer que o inferno é o destino daquele que tem no corpo um espírito marcado pelo peso dos pecados.
Se adotarmos o mesmo critério do corpo/alma para elegermos o futuro prefeito de Ilhéus, avaliando de per si os pré-candidatos colocados na balança do mercado eleitoral, concluiremos que, obrigatória e imprescindivelmente, teremos de nos remeter a tempos pretéritos, precisamente, há 30 anos.

Sim. Anotem e respondam aos questionamentos: Quais dos pré-candidatos a prefeito tiveram, ou têm mandatos e assumiram, ou assumem cargos nesses últimos 30 anos? Somando todos os períodos de mandatos e de cargos assumidos, qual o total de tempo de mandato de cada um deles? Fazendo-se uma análise imparcial do tempo que cada um deles esteve no Poder, quais benefícios e malefícios trouxeram para Ilhéus? Você seria capaz de enumerá-los? Qual o comportamento partidário de cada um deles, ou seja, durante o período de mandato sempre se manteve fiel ao Partido que o elegeu? Considerando que os governos do Estado da Bahia nunca concederam benefícios em favor do nosso município, na proporção correspondente ao que contribuímos em favor do Estado, por acaso, algum dos pré-candidatos teve a coragem de se posicionar senão contrária, mas, pelo menos, energicamente junto a esses governos, ou apenas se limitou a aquiescer como um “fiel” aliado, conformando-se com as migalhas atiradas, por eles, ao nosso povo? Quais deles nas campanhas que antecederam aos seus mandatos discutiram um programa e um projeto para Ilhéus? Em caso positivo, qual deles cumpriu o projeto discutido, ou no mínimo, o compromisso firmado nos discursos de campanhas?


Avaliando o desempenho, a probidade, a confiança que deve ser depositada em cada pré-candidato que já teve ou tem mandato, considerando o período de tempo de cada um no Poder, a repetência de seus erros e acertos, a distância mantida em relação aos segmentos sociais, se você fosse proprietário de uma empresa próspera e tivesse de escolher um deles para gerir a sua empresa, honestamente, a qual deles você confiaria essa missão? Você aceitaria empregar na sua empresa um funcionário tão somente suspeito de estar inserido na listagem daqueles que “rouba”, mas faz? Se você não empregaria na sua empresa um funcionário com suspeição de quem “rouba, mas faz”, você teria coragem de eleger alguém com essa conduta para qualquer cargo eletivo do nosso município?

No que diz respeito aos pré-candidatos que nunca exerceram cargos públicos, a nós não interessa o discurso calcado só na inexperiência deles, mas, na sapiência, posto que, apesar da idoneidade, da conduta irretocável, alguns deles só aparecem em épocas de eleições para apresentar os seus nomes ao eleitor. No entanto, nunca marcaram presenças durante as lutas da população que incansavelmente reclama nas ruas, nas avenidas por melhor qualidade da Educação, porque os seus filhos estudam em colégios particulares; por melhor qualidade da saúde, porque seus familiares têm a cobertura de planos de saúde; do aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo, porque têm veículos à disposição; por mais segurança, porque embora inseguros, estão mais seguros que a população, protegidos por altos muros, com cercas elétricas em toda a sua extensão, com o reforço de cães ferozes e, alguns, ainda contam com vigilantes.

Enquanto alguns são contumazes mentirosos, amorais, reincidentes na prática de ilicitudes e de atos delitógenos, outros, são honestos desincumbidos, que espertamente, apenas por terem nomes desnodoados se apresentam como solução, sem nunca terem participado, ou defendido os interesses da comunidade.

Se de um lado o nosso município não é casa de ressocialização, do outro, não deve ser cobaia, objeto de experiência laboratorial, para quem pode confundir pipeta com bureta.

Não precisamos de experts em maledicências administrativas, nem, de honestos preguiçosos e desinteressados nas questões de interesses da nossa sociedade.

Também, não é preciso atingir a imagem deste ou daquele político, mas, apenas fazer uma avaliação do seu trabalho, das suas realizações, dos seus erros, medindo-os e sopesando-os de acordo com a gravidade refletida negativamente em relação à população e compará-los, amiudadamente, com as Administrações anteriores, bem assim, com o perfil e atuação de cada um dos demais pré-candidatos.

As eleições estão batendo em nossas portas. Apesar do ôba! ôba! Ninguém pode antecipar vitória e se dizer eleito. Nesse sentido, sábio será aquele que trabalhar como uma formiguinha, ser idôneo, não prometer, tiver proposta e projeto executáveis para a Ilhéus do intermodal, nem ter tanto do que se desculpar e, sobretudo, na humildade daquilo que se propõe fazer, usar da franqueza e ter o silêncio como maior parceiro, sem se envolver em baixarias, nem em discussões do “já ganhou”. Persistir, Perseverar e aguardar a resposta das urnas.

Enquanto nós eleitores, teremos a responsabilidade de saber votar e saber escolher quem serão os nossos vereadores e quem será o nosso Prefeito.

Depois, em caso de mais um insucesso, de nada adiantará reclamarmos, porque, nenhum candidato se elege, se não for através do nosso voto. A decisão será nossa.

Façamos todos os dias, COM HONESTIDADE E CONSCIÊNCIA a reflexão calcada no raciocínio: SE EU TIVESSE UMA EMPRESA, A QUAL DOS PRÉ-CANDIDATOS EU CONFIARIA ENTREGAR A SUA ADMINISTRAÇÃO? OU, A QUAL DOS PRÉ-CANDIDATOS EU OUTORGARIA UMA PROCURAÇAO PARA PADMINISTRAR OS MEUS BENS, OU RECEBER O MEU SALÁRIO, OU OS PROVENTOS DA MINHA APOSENTADORIA?

Reflitamos no que se deixou de fazer na nossa Ilhéus dos últimos 30 anos, para que não nos arrependamos do que não se fará na Ilhéus do amanhã.

ILHÉUS, A CIDADE DO BEM QUERER.

Quando será?

Pode ser agora, se você quiser, porque quem bem se quer, bem quererá a Ilhéus.
Por Mirinho.