Paulo Augusto Moreira Lima quer sair do país temporariamente
O juiz federal que comandava a Operação Monte Carlo, Paulo Augusto Moreira Lima, que pediu para ser retirado do caso,
afirma não ter condições de permanecer na análise do processo por estar
em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de
Goiás". O magistrado relata ser alvo de ameaças de morte que homicídios
podem ter sido cometidos por integrantes do esquema do contraventor
Carlinhos Cachoeira, como queima de arquivo. Ele encaminhou um oficio no
último dia 13 para o corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da
1ª Região, Carlos Olavo, que solicitou o afastamento para evitar
represálias, e comunicou que deixará o país temporariamente. Moreira
Lima disse ainda que não pode ser removido para varas do interior de
Goiás por não haver condições de segurança. O juiz afirma no documento
que está submetido a forte esquema de segurança por recomendação da
Polícia Federal e que, mesmo assim, a sua família foi abordada
recentemente e alertada que pode sofrer ataques nos próximos meses. O
magistrado, à frente da Operação Monte Carlo, determinou que 35
policiais federais, civis e militares envolvidos no esquema fossem
afastados de suas funções. O juiz federal titular da 11ª Vara em Goiás,
Leão Aparecido Alves, deve assumir o posto deixado por Moreira Lima.
Alves, porém, pode ser colocado em suspeição por ser amigo há 19 anos de
um dos investigados – José Olímpio de Queiroga Neto, suspeito de ser o
responsável pela escolha de pessoas que poderiam integrar as atividades
do grupo e de repassar porcentagem dos lucros das casas de jogos a
Carlinhos Cachoeira. Informações do Estadão.