Foto: Tiago Melo/Bahia Notícias
O
coordenador setorial de educação do PT na Bahia, Antonio Edgard, bem
que tentou, mas não conseguiu manifestar o seu apoio ao movimento
grevista dos professores da rede estadual de ensino. Em meio às
manifestações em prol da paralisação, que completou 69 dias nesta
terça-feira (19), cada vez que o petista tentava pegar o microfone era
recebido com sonoras vaias, sobretudo quando enunciava as letras que
compõem a sigla do seu partido. “Eu queria fazer um apelo para que os
professores assinassem um abaixo-assinado em favor da Lei do Piso
Nacional, que é uma causa nossa; uma vitória do PT. Foi um metalúrgico
[Lula] que criou as condições para isso ocorrer”, opinou Edgard, em
entrevista ao Bahia Notícias. Antes de tentar estabelecer comunicação
com os docentes, ele tirava fotos para o site do seu núcleo que,
inclusive, conta com uma carta que pede ao governador Jaques Wagner que
volte atrás nas negociações. "O PT apoia o movimento. Tem que separar o
que é partido e o que é governo. O governo é de coalizão e por isso
existe essa disputa. Nesse ponto o PT é contrário ao governador”,
ponderou o coordenador, que já aguardava a retaliação da categoria. “A
vaia era esperada, mas no 2 de Julho marcharemos com o movimento e o
governador já sabe o que esperar: vaias”, alertou. Segundo Antonio
Edgard, a coordenação setorial de educação do PT já teve três reuniões
com os 14 deputados estaduais da legenda, em que foi solicitado que o
governador sentasse pessoalmente com o comando de greve para tentar
solucionar o impasse.Do Bahia Noticias.