Caros companheiros e companheiras filiados e militantes do PT em
Ilhéus, queremos por meio deste comunicar que desde o dia 04 de
dezembro, nós que formávamos o Coletivo Inaugurar um Novo Período
(ex-AE) passamos a constituir a tendência Esquerda Popular de
Socialista.
Temos nossa linha de atuação alinhada na construção e fortalecimento
dos Movimentos Populares, Rurais e Urbanos, no combate ao racismo e a
intolerância religiosa, no combate à homofobia, na defesa da Reforma
Agrária e demarcação das terras indígenas, na retomada do movimento
sindical.
Em Ilhéus, respondem pela coordenação da EPS: Adeilton Souza, Josué
Silva, Jaciara Silva, Reinan Gomes, Murilo Brito.
Saudações Socialistas!
Adeilton Souza
Militante da EPS
Esquerda Popular e Socialista é a nova tendência nacional do PT
Nova corrente do PT foi fundada em congresso, neste final de semana,
na Escola Florestan Fernandes do MST, em Guararema.
Por Esquerda Popular e Socialista
Terça-feira, 6 de dezembro de 2011
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“Agora, agora é pra valer, Esquerda Popular Socialista do PT”. Com o
grito de ordem encerrou-se no domingo, 4 de dezembro, na Escola
Nacional Florestan Fernandes, do MST, o Congresso Nacional de Fundação
da Esquerda Popular e Socialista, a nova tendência nacional do Partido
dos Trabalhadores. A Esquerda Popular e Socialista nasce com
musculatura política e social e está organizada em 18 Estados
brasileiros, fortemente vinculada com os movimentos sociais. A
abertura do Congresso Nacional de Fundação da Esquerda Popular e
Socialista aconteceu no dia 2, na sede do PT Nacional, em São Paulo, e
contou com a presença de lideranças de outras tendências petistas e de
movimentos sociais brasileiros. Nos dois dias seguintes, as atividades
ficaram concentradas na Escola Florestan Fernandes.
De caráter socialista e com referência filosófica no marxismo, a nova
EPS aglutina correntes nacionais e regionais à esquerda do partido, e
tem como compromisso disputar os rumos do PT para que ele se
estabeleça como um partido capaz de aprofundar e radicalizar a disputa
pela reformas estruturais na perspectiva democrática e popular,
defendendo o governo Dilma e aprofundando as reformas iniciadas nos
dois mandatos de Lula.
“A fundação da tendência Esquerda Popular e Socialista representa a
possibilidade da realização de um debate capaz de incorporar novos
atores e atrizes sociais com uma nova pauta, para que o PT seja o
lugar dos lutadores e das lutadoras do povo,” afirma Angélica
Fernandes, direção nacional da Esquerda Popular e Socialista e do
diretório estadual do PT-SP. Segundo Angélica, a EPS incorpora pautas
como o feminismo, a igualdade racial e o combate à homofobia como
temas centrais junto à exploração de classe. “A participação positiva
dos militantes durante todo o Congresso nos dá certeza de que seremos
exitosos na tarefa que nos propomos realizar” conclui otimista.
Para Renata Rossi, do Diretório Nacional do PT e da direção nacional
da nova tendência, “os desafios são construir uma política partidária
que tenha como elemento central o diálogo com os movimentos sociais e
constituir uma política que aponte o socialismo como horizonte
estratégico, reafirmando a centralidade da luta dos trabalhadores e
das trabalhadoras, que consiga converter nossa força social em força
partidária e que aponte o papel da institucionalidade como instrumento
capaz de aprofundar a construção de uma sociedade mais justa, sem
exploração e opressão de gênero e racial”.
Movimentos sociais
João Paulo, dirigente do MST, afirmou que o movimento terá uma relação
prioritária com a Esquerda Popular e Socialista e, num gesto de
aproximação, entregou oficialmente uma bandeira do MST à nova
tendência. Presente na abertura do congresso, o deputado federal e
líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Teixeira, da corrente Garantia
de Luta, disse concordar com os dez pontos programáticos apresentados
pela nova tendência. Para Teixeira, “a articulação entre a luta
partidária e os movimentos sociais é um ponto extremamente importante
para o PT.” O também deputado federal Arlindo Chinaglia, do Movimento
PT, saudou a disposição da criação da nova corrente num momento em
que, segundo o deputado, “a maioria está aderindo ao campo
majoritário”. Arlindo ressaltou que a luta dos integrantes da nova
tendência será árdua, mas necessária e importante.
Segundo o deputado estadual Mauro Rubem (GO), da direção nacional da
nova tendência, a Esquerda Popular e Socialista cumpre papel
fundamental de trazer para o PT o acúmulo de todas as lutas dos
movimentos sociais e sindicais do país. “O desafio é retomar essa
centralidade do PT, na qual a presença da luta é o critério da
verdade. Os lutadores e lutadoras que querem transformar o Brasil têm
que ver no PT o instrumento que deve estar presente na luta do povo. A
nossa tendência cria essa ferramenta dentro do partido”, afirma o
parlamentar de Goiás.
Também presente na abertura do Congresso, Ricardo Gebrin, da Consulta
Popular, afirmou ver com bons olhos o movimento da nova tendência que
retoma os conceitos do Encontro do PT de 1987 e remonta o debate do
programa democrático e popular. Gebrin afirmou que a Consulta Popular
irá trabalhar junto com a nova tendência, respeitando a autonomia de
cada um.
Desafios do PT
Na mesa sobre os desafios de organização do PT, as eleições municipais
de 2012 foram apontadas como uma das importantes tarefas da nova
tendência que tem como prioridade ampliar a representação nos espaços
institucionais. O deputado federal pela Bahia, Valmir Assunção,
avaliou ser possível e eleição de muitos vereadores e prefeitos em
todo o Brasil vinculados à EPS. Para ele, uma das preocupações
centrais é equacionar o fato de o PT estar cada vez mais na
institucionalidade, sem deixar de fortalecer os movimentos sociais e o
projeto socialista. “O acúmulo que temos nos parlamentos, executivos,
movimentos e militância torna possível elegermos um bom número de
vereadores e prefeitos, para que eles possam levar as experiências do
PT para mudar a vida e a cultura do povo”, analisa Valmir Assunção.
Direção e calendário
O Congresso de Fundação da Esquerda Popular e Socialista encerrou-se
no domingo, 4 de dezembro, com a aprovação do nome da nova tendência,
do regimento interno e com a eleição da direção que coordenará os
trabalhos no próximo período.
A direção nacional da Esquerda Popular e Socialista foi composta
paritariamente por 34 mulheres e homens e conta com mais de 20% de
jovens e de negros e negras. Na direção executiva nacional estão
Renata Rossi, Angélica Fernandes, Julia Feitosa, Luciana Mandeli e
Mauro Rubem, Ivan Alex, Shakespeare Martins e Valmir Assunção.
A Esquerda popular e socialista pretende ser uma tendência que:
1. Dispute decisivamente os rumos do PT;
2. Estabeleça relações orgânicas com os movimentos sociais, do campo e
da cidade,
priorizando sua atuação nas lutas de massa;
3. Tenha o socialismo como objetivo estratégico;
4. Tenha o feminismo e o combate ao racismo como princípios fundantes;
5. Convoque o movimento sindical e popular, os militantes da CUT, o conjunto dos
lutadores sociais para se incorporar ao PT e a disputa dos seus rumos;
6. Priorize os diversos movimentos e pautas da juventude, os direitos
humanos, a defesa da laicidade do Estado, o combate à intolerância
religiosa, a luta contra a homofobia, a defesa dos povos indígenas e
comunidades tradicionais, a luta anti-proibicionista, a luta pela
democratização dos meios de comunicação e pelo direito à cultura;
7. Reivindique centralidade para a reforma urbana, para a luta
ambiental e por um novo modelo de desenvolvimento, baseado na
sustentabilidade;
8. Defenda a reforma agrária, agricultura familiar, a demarcação das
terras indígenas, o reconhecimento das terras quilombolas e dos
atingidos por barragens;
9. Busque uma atuação institucional que promova esses objetivos estratégicos,
Fortalecendo o governo Dilma, na perspectiva de aprofundamento das
conquistas sociais do povo brasileiro;
10. Priorize o debate e formação política permanente da sua militância.