por;BNI
Os investimentos em habitação no Brasil aumentaram 785% de 2002 a 2009, passando de R$ 7 bilhões para R$ 62 bilhões, segundo análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo "O planejamento da habitação de interesse social no Brasil: desafios e perspectivas" não traz dados novos, apenas avalia os gastos voltados às moradias de baixo custo entre 2002 e 2009.De acordo com a análise do IPEA, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) aplicava R$ 1,7 bilhão em 2002, enquanto em 2009, atingiu cerca de R$ 33 bilhões. A faixa de renda entre zero e três salários mínimos, na qual se concentra o déficit habitacional recebia 32% dos investimentos em 2002, chegou a 77% em 2007 e se estabilizou em 64% em 2008 e 2009.
O desenvolvimento habitacional, segundo o estudo, ocorria de maneira errática e com poucos investimentos após o fim do Banco Nacional de Habitação (BNH), banco público voltado ao financiamento e à produção imobiliária, criado no ano de 1964 e extinto em 1986. No início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, destaca o Ipea, há a definição de um novo período da política federal para a habitação.
Hoje, a política habitacional tem sua diretriz dada pelo Ministério das Cidades e o Conselho Nacional das Cidades há a clara definição da elaboração de uma Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, de maneira federativa e com participação e controle social, diz o documento.
"Destaque aqui para o programa Minha Casa, Minha Vida, bandeira encampada por Lula no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e cuja sucessora, a presidente Dilma Rousseff dá prosseguimento no PAC 2", observa o Ipea. As 11 principais regiões metropolitanas concentram 80% das favelas, 33% de deficit habitacional e cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo os dados do Ipea.FONTE;BNI