Os catorze partidos que compõem a base aliada do governo na Câmara encaminharam um aviso aos navegantes ao outro lado da Praça dos Três Poderes que chegou forte e de fácil entendimento. Uma espécie de sinal de guerra ao Palácio do Planalto. Cerca de 200 deputados aliados não votarão nada e, se votarem, será para derrotar o governo. Isso enquanto o clima de desentendimento perdurar e as emendas parlamentares não forem liberadas. É uma crise política azeitada com muito dinheiro do tesouro. Dilma está posta contra as cordas, encurralada mais cedo do que se imaginava. A base ameaça deixar a presidente sozinha. O abalo sísmico que se registra na política brasileira está na iminência de levar a presidente Dilma Rousseff a um recuo também no combate à corrupção que permeia os interesses político-partidários. Constrói-se uma situação que se encaixa bem no torto e viciado sistema que dita normas na República: estão com nervos à flor da pele tanto a presidente quanto os partidos governistas e seus integrantes. São destes o ultimato à Dilma. Clique aqui e leia a coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde deste domingo (14).