O Mapa da Improbidade e dos Crimes contra o Patrimônio Público do Ministério Público Estadual (MPE) revela que o prefeito Jabes Ribeiro responde a mais da metade das ações movidas contra políticos de Ilhéus.
Os processos tramitam na justiça local e Tribunal de Justiça da Bahia (TJB).
O prefeito Jabes Ribeiro aparece como réu em 23 das 44 ações por improbidade e penais movidas pelo MPE nos últimos anos contra políticos, ex-secretários municipais e servidores públicos. Juntos, os processos contra Ribeiro somam R$ 14.954.000.
Desse total, R$ 9 milhões são relativos à ação penal número 0002036-75/2006, movida pela promotora Karine Gomes Cherubini.
Atualmente, esse processo tramita na 2ª Vara de Feitos de Consumo e Cível de Ilhéus, mas deve subir para o TJB, que tem competência para julgar ações contra prefeitos no âmbito da justiça estadual. Os valores cobrados nas demais ações variam de R$ 19.749,60 a R$ 2.185.883,56.
A promotora também é autora de denúncias de desvio de dinheiro público contra os ex-prefeitos Newton Lima, Valderico Reis, Antônio Olímpio, o ex-presidente da Câmara de Ilhéus, Zerinaldo Sena. Contra Newton Lima, antecessor de Jabes Ribeiro, são, por enquanto, duas ações penais. Mais acusados
Outro político do sul da Bahia acionado 9 vezes pelo Ministério Público Estadual é o ex-prefeito de Dário Meira, Paulo Johnson Amaral Vieira. Ele é acusado de desvio de dinheiro público em processos que tramitam no TJB e na Comarca de Itagibá. Paulo Johnson não está sozinho.
A ex-prefeita Maria de Fátima Sampaio responde a 3 ações penais por mau uso do dinheiro do contribuinte de Dário Meira. Já em Itajuípe estão na lista dos denunciados por irregularidades os ex-prefeitos Paulo Martinho, Carlos Alberto Guimarães (Mino) e Marcos Dantas.
Em Ubatã, o recordista de ações por improbidade administrativa é o ex-prefeito Adaiton Ramos Magalhães, o “Dai da Caixa”. Ele responde a 6 processos por desvio de dinheiro do contribuinte.
De Una, são os ex-prefeitos Dejair Birschner e José Bispo dos Santos, o “Zé Pretinho”, que estão tendo que explicar as estripulias feitas no período em que comandaram o município. Os dois são réus em quatro processos.
Outros no Mapa
Além deles, o Mapa da Improbidade traz informações sobre ações contra ex-prefeitos de municípios como Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema, Coaraci, Canavieiras, Gandu, Gongogi, Ibicaraí, Itabuna, Ibirapitanga, Ibirataia, Itapé, Itororó, Santa Luzia e São José da Vitória.
De acordo com os dados do MPE, em todo o estado são 838 processos tramitando contra políticos e servidores públicos municipais acusados de corrupção.
Fraude em licitação, fragmentação de despesas e compra de produtos por valores superfaturados são as principais acusações que constam nas denúncias.
Já no âmbito do Ministério Público Federal, a Bahia é o estado com mais processos abertos contra políticos e gestores por improbidade administrativa. Nada menos que 1.073 ações, em 267 municípios, estão em tramitação. Matéria de A Região.