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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) (foto), disse nesta terça-feira (31) que o projeto que regulamenta os aplicativos de transporte, como Uber e Cabify, deverá sofrer mudanças e retornará para a Câmara. Ainda nesta terça, o Senado tentará votar a proposta, aprovada em abril, pela Câmara dos Deputados.
A estratégia dos senadores, para acelerar a tramitação do projeto, era modificar o texto com emendas de redação – isso permitiria alterações no texto sem que fosse necessária a devolução para a Câmara. O Senado também negocia o veto de trechos polêmicos do projeto por Michel Temer. Segundo Eunício, não houve unanimidade entre os líderes partidários para votar o texto recebido da Câmara e, por isso, serão feitas emendas ao texto.
Para organizar o texto com as emendas que poderão ser votadas, Eunício designou como relator o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ). O texto prevê vistorias periódicas nos veículos, idade mínima para os condutores, exigência de "ficha limpa" aos motoristas, adesão de placas vermelhas e licença específica para trabalhar.
Enquanto taxistas organizaram carreatas em diversas cidades do país na semana passada, usuários e motoristas dos serviços de aplicativos encheram as páginas dos senadores no facebook e os e-mails deles com comentários contrários à proposta. Além disso, a Uber, por exemplo, investiu em anúncio contra a proposta no horário nobre de TV e mandou e-mails para todos os usuários cadastrados do serviço, com uma lista de motivos para que o texto seja rejeitado. No mesmo e-mail, a empresa pede o apoio dos clientes para pressionar senadores de seus respectivos estados a votar contra o texto da Câmara. Informações 247.
