Eleições na Alemanha: Merkel ganha, mas ultra direita surge com força das urnas

A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, afirmou neste domingo (24) que sua função agora é construir um novo governo. Ela se manifestou pela primeira vez após uma pesquisa de boca de urna apontar uma vitória de seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU).
A chanceler alemã, Angela Merkel, fala após pesquisa apontar sua vitória nas eleições do país neste domingo (24) (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)A chanceler alemã, Angela Merkel, fala após pesquisa apontar sua vitória nas eleições do país neste domingo (24) (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
A chanceler alemã, Angela Merkel, fala após pesquisa apontar sua vitória nas eleições do país neste domingo (24) (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
"Temos mandato para formar um novo governo e vamos formar um novo governo" declarou Merkel.
Ela fez as declarações diante dos partidários para comemorar os resultados. "A gente esperava mais, mas formarei o governo. É uma responsabilidade estar há 12 anos no governo, continuamos sendo a principal força política do país." A chanceler, entretanto, expressou preocupação com a chegada no Parlamento da Alternativa para a Alemanha (AfD). Salientou que "é necessário entender as razões desse ingresso".
"Temos que cuidar da Alemanha, temos que prestar atençao na justiça social, temos que trabalhar para uma União Europeia mais forte e temos que lidar também com a questão das migrações", declarou Merkel, salientando que "todas as forças e também a calma serão empenhados nesse esforço".
Segundo a pesquisa, divulgada pela rádio ARD, a CDU em aliança com o partido gêmeo da Bavaria União Cristão-Social (CSU), teria alcançado 32,5% dos votos, enquanto a SPD teria apenas 20% das preferências. Para os social-democratas são cinco pontos a menos em comparação com o resultado da última eleição, há 4 anos.
O partido liberal (FDP) teria alcançado 10,5%, o Partido Verde 9,5% e a extrema-esquerda do Die Linke 9%.
O partido de extrema-direita, Alternativa para a Alemanha (AfD), teria ficado em terceiro lugar, com 13,5% dos votos, entrando pela primeira vez no Bundestag, o Parlamento alemão.
O líder do SPD, Martin Schulz, no discurso em que admitiu a derrota nas eleições de domingo (24) (Foto: France Presse)O líder do SPD, Martin Schulz, no discurso em que admitiu a derrota nas eleições de domingo (24) (Foto: France Presse)
O líder do SPD, Martin Schulz, no discurso em que admitiu a derrota nas eleições de domingo (24) (Foto: France Presse)
O representante da SPD, Martin Schulz, já admitiu a derrota, em discurso logo após a pesquisa ser divulgada.
"Sim, perdemos. É um dia amargo para a Alemanha. A mensagem dos eleitores foi muito clara. Vamos sair da Grande Coalizão e passar para a oposição", declarou o líder do SPD.
Schulz declarou que "com essa porcentagem eleitoral", a SPD vai continuar "lutando pelos seus valores e seus princípios".
O líder dos social-democratas salientou também o "perigo" representado pela chegada do partido de extrema-direita, Alternativa para a Alemanha (AfD), no Parlamento alemão. "A chegada da AfD no Parlmaento é algo que pode ser ameaçador, pode ser um perigo. Nenhum democrata pode olhar par aoutro lugar diante de algo assim em nosso país", declarou o líder da SPD, Martin Schulz, em seu discurso.
O líder do Afd, Alexander Gauland, comemorando os resultados (Foto: France Presse)O líder do Afd, Alexander Gauland, comemorando os resultados (Foto: France Presse)
O líder do Afd, Alexander Gauland, comemorando os resultados (Foto: France Presse)
Na base das pesquisas de boca de urna o AfD teria ficado em terceiro lugar, com 13,5% dos votos, entrando pela primeira vez no Bundestag com aproximadamente 87 assentos.
"Estamos no parlamento alemão e mudaremos este país", declarou o líder do AfD, Alexander Gauland.
"Qualquer governo seja formado, teremos que ter cuidado. Vamos lutar contra Merkel ou quem estiver no comando do governo ", acrescentou, ressaltando como" há novamente um partido de oposição hoje no Bundestag ".
"Seremos uma oposição razoável, mas para a Alemanha e para os alemães em primeiro lugar, cuidado com atenção com o que Angela Merkel fará", declarou a outra líder da AfD, Alice Weidel, em seu discurso após a divulgação dos resultados da pesquisa de boca de urn.
Informações do G1.,