Programa concilia imagem informal a 'valentia' de Dilma; Lula homenageia Campos

Programa concilia imagem informal a 'valentia' de Dilma; Lula homenageia Campos
Fotos: Reprodução
No primeiro programa da presidente Dilma Rousseff, candidata a reeleição pelo PT, ela dividiu o espaço com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, além de aparecer em depoimento e pedir votos para sua ex-ministra, está incluso no pronome “nós” repetido por ela ao elencar os feitos de sua gestão. O vídeo enumerou as mudanças ocorridas no país nos últimos anos, como a saída de R$ 36 milhões da miséria e o crescimento da classe média, a criação de faculdades e escolas técnicas, as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento e a “rede de proteção social” dos programas do Brasil Sem Miséria, no qual se inclui o Bolsa Família. Já conhecida dos brasileiros, sua ênfase foi apresentar um lado mais informal da presidente, com menções ao seu cotidiano. Dilma é citada como uma “mulher que acorda cedo”, “trabalha muito”, que aproveita “qualquer tempinho” para cuidar de sua vida, “lê e escreve muito” e “gosta de cozinhar”.  Uma sequência junta várias cenas em que a chefe do Executivo nacional aparece em poses para selfies, nas quais ela firmou recentemente ser "especialista" e chegou a se apelidar de "rousselfie".
Ao mesmo tempo em que cultiva uma imagem mais próxima do eleitorado, com um depoimento ao ar livre, filmado em área arborizada (não fica claro que trata-se do Palácio do Planalto) e linguagem coloquial – em uma de suas falas, diz ter “orgulho de representar o Brasil, o país que ‘cê’ ama, né?” – o programa reforça a imagem de força de Dilma. Antes do discurso de Lula que encerra a gravação, cenas do dia-a-dia brasileiro são embaladas pelo jingle “Coração Valente”, lançado em junho durante a convenção do partido.
A homenagem a Eduardo Campos, feita pelas três principais chapas, é deixada para o final. Lula afirma, em sua fala final, que pediu a Dilma para fechar o programa com “duas palavras” sobre o ex-governador pernambucano, com o qual afirma que tinha “um afeto de pai e filho”.  O ex-presidente alinha seu discurso ao do candidato do PSB, morto na última quarta-feira (13), ao falar que “sua luta sempre foi e continuará sendo a nossa luta”, e que a forma de “guardar sua memória para sempre”, seria a apropriação de seu lema de “nunca, jamais desistir do Brasil”, em referência à frase que marcou a campanha do presidenciável. Dilma não falou sobre o ex-adversário, como o fez Aécio Neves (PSDB) em seu programa de estreia. Do BN.