Hoje tirei o dia para almoçar fora e tive um grande desprazer. Fiquei pensando como os turista sofrem ao chegar em nossa cidade.
Primeiro cheguei em um restaurante conhecido na cidade e ele estava fechado. Pensei: Logo em um dia como hoje, terça-feira de carnaval, com a cidade cheia de turistas?
Ok, tudo bem, segui em frente. No segundo restaurante, também bastante conhecido, entrei e dei uma olhada nos preços. Quase caí de costas. Logo me veio à mente a matéria do Pimenta. (veja aqui). Saí fora, claro, minha grana é curta e não dá para fazer malabarismo.
No terceiro restaurante, uma lamentável confusão. Fiquei um tempo só observando como ninguém aparecia para me atender. Então resolvi me retirar.
No quarto estabelecimento, e já cansado de ficar pulando de restaurante em restaurante, e com muita forme, entrei e sentei. Veio até a mim um garçom, me recepcionando com uma patada: “Seu pedido vai demorar, se quiser, no segundo andar será mais rápido, porém terá que pagar mais caro”. Eu parei e pensei: Bom, esse tipo de tratamento é comum, pois os empresários do ramo de restaurantes e a própria prefeitura não se preocupam em capacitar as pessoas que trabalham em bares e restaurantes locais.
Decidi esperar, pedi meu prato e vi que o péssimo atendimento não foi só para mim. Observei também que alguns garotos trabalhavam no estabelecimento, limpando as mesas e ajudando a servir. Prontamente isso me remeteu à minha infância, quando logo cedo comecei a trabalhar. Mas pensei, será que não estão explorando esses garotos? Será que estão lhes pagando direito ? Um deles me disse que tinha 15 anos. Será que o conselho tutelar já foi nessa empresa verificar isso? Se não, é bom que vá. Mas não só nesse, mas também em outros estabelecimentos.
Cerca de uma hora depois da minha chegada, enfim fui servido e matei quem estava me matando. Mas fica a reflexão: Como andam os serviços, carros chefe de uma cidade turística como a nossa?
Se quisermos ter o prazer de receber cada dia mais turistas, temos que preparar nossos profissionais para esses serviços.
Os empresários e a prefeitura têm essa obrigação, ou então, nunca mais os turistas retornam. Eu, enquanto ilheense nativo, pretendo nunca mais retornar a esses estabelecimento.
Imagine um turista...
Texto de Jerberson Josué com supervisão e edição Rans.