O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) é um partido político brasileiro de esquerda fundado em 2004. Obteve registro definitivo na Justiça Eleitoral no dia 15 de setembro de 2005. Seu número eleitoral é 50. É um partido dissidente do PT.
Mais uma vez o Psol ilheense baterá a cabeça nessas eleições. Numa linha errônea de autossuficiência e teimosia, lança 28 candidatos rumo ao Legislativo Municipal ilheense. Nem mesmo partidos fortes como o PT, PP e PMDB ousaram não fazer coligações nas proporcionais. Política se faz com articulações. Num leque de mais de 300 candidatos, é ignorância e falta de tato não se coligar. Aliás, nas eleições de 2008, quando se coligou, o Psol fez bobagens. Tornaram-se ‘mulas’ do PDT. Com ressalva a expressiva votação do finado Almir Carapiá, naquela época, todos os candidatos não passavam de trampolim para Cosme Araújo, Jerbson Moraes e Fred Gedeon III. A direção do partido aqui em Ilhéus é totalmente surda.
Outro exemplo de burrice em 2008 foi o DEM da ex-presidente René Albagli. Era até aceitável na majoritária o nome dos candidatos, Dr. Antônio Espírito Santo e do seu vice, Professor Dorival. Mas, manter a proporcional sangue puro naquele momento foi premeditar o sepultamento.
Não queremos aqui abordar sobre a posição majoritária do Psol. Até aqui concordo com as tendências e objetivos do candidato Jorge Luiz e do seu vice, Coronel Batista.
O que não concordamos é com a falta de visão para diagnosticar o quadro sucessório do parlamento ilheense. Não coligar com nenhum partido neste processo é uma demonstração de perversidade com os 28 candidatos, na sua maioria sem material publicitário, sem dinheiro, sem as orientações necessárias e quiçá, sem votos suficientes para alcançar o coeficiente obrigatório.
Aliás, esse pensamento fadado ao isolamento partidário, tende a prejudicar a própria candidatura a prefeito.
Faltou esclarecimento. Faltou ouvir as bases, faltou bom-senso. Sobraram cabeças-duras!
São 28 candidatos desesperados: Albino, Alex Eletricista, Américo Macedo, Dora Modas, Eurípedes Pio, Fábio Metralha, Gilmar Vitorino, Guinon Batista, Heloiza, Jair do Quibe, Jairo, Carlos Mendes, José Luiz, Sabino, Silvino, Nogueira do Queijo, Luiz Cardoso, Correia, Missias, Índia, Marailton, Capitão Nonato, Rita Gomes, Garcia, Sonia Sucata, Uelington Sá, Téo e Vera Missionária. Destacaria Capitão Nonato e Guinon Batista como os mais votados do partido.
Aqui não é uma critica depreciativa, mas um alerta para que nas próximas eleições o partido se articule melhor, se discuta e se ouça as tendências e parem com essa história de sangue puro.
Sozinho ninguém vai pra lugar nenhum. Principalmente o Psol, que não tem densidade eleitoral na cidade de Ilhéus. E essa história de sangue-puro mais uma vez prejudica o partido.
*Elias Reis, Articulista, Presidente do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus e
Discente do curso de direito da Faculdade de Ilhéus