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A coordenação de campanha do candidato Jabes Ribeiro aproveita as especulações em torno das diretrizes gerais para a construção do plano de governo, inscrita como ato formal no TSE, para reafirmar, sim, que parte do seu conteúdo teve inspiração e até transcrição de alguns trechos por tratar-se de diretrizes gerais adotadas por gestores de administrações municipais bem sucedidas, a exemplo de Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Campo Grande (PB), Cuiabá (MT), Itajaí (SC), Guarujá (SP) e Chapecó (SC).
Reiteramos que os trechos mencionados por este veículo fazem parte de um documento gentilmente enviado à Coligação “Por Amor a Ilhéus” pelo ex-senador e ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, cujo êxito administrativo serve de modelo e inspiração para todo gestor público. A utilização dos trechos apontados não constitui plágio, mas uso autorizado de um material ao qual recorremos com a consciência de que a moderna administração pública torna imprescindível aproveitar e reproduzir as boas experiências. O ex-senador Fogaça, amigo de Jabes, não apenas cedeu o material de seu programa de governo como disponibilizou sua equipe para auxiliar na elaboração do plano.
A lanterna que realçou os trechos transcritos não iluminou outras partes dos postulados que Jabes Ribeiro adotará para construção do seu programa de governo, onde afirma que “as diretrizes básicas do processo de construção da proposta do Plano de Governo para o Desenvolvimento Sustentável do município de Ilhéus define como princípios: maior participação e representatividade nas definições dos projetos executivos, em consonância com as demandas levantadas nos fóruns, conselhos e/ou assembléias do orçamento participativo que serão transformadas em planos e projetos orçamentários plurianuais, exigido pela lei de diretriz orçamentária e de responsabilidade fiscal, assim, promovendo uma melhor articulação federativa entre os orçamentos dos governos municipal, estadual e federal, ampliando possíveis e viáveis parcerias.
As linhas mestras e orientações metodológicas tiveram a responsabilidade de Luiz Antônio Araújo, especialista em planejamento estratégico participativo em gestão publica, que vem secretariando um conselho técnico político, contando com as contribuições de renomados profissionais conhecedores da realidade de Ilhéus e Território de Identidade Litoral Sul da Bahia, a exemplo do ex- reitor da UESC Joaquim Bastos, do procurador federal Israel Nunes, do arquiteto e especialista em gestão ambiental Antônio Vieira, e outros competentes profissionais da sociedade ilheense.
Esse núcleo não participou da elaboração das linhas mestras, uma vez que o mesmo foi criado após a apresentação formal à Justiça Eleitoral. Grupos de Trabalho Setoriais serão constituídos, utilizando algumas ferramentas elementares para os DRPs – diagnósticos rápidos participativos, sinalizando os principais problemas, ameaças, potencialidades e oportunidades, convertendo-os em propostas a serem transformadas em programas, projetos e conseqüentes metas. No documento final do plano serão citadas todas as fontes consultadas, o que, evidentemente não cabe no texto básico.
Nota da Redação: Lamentável que somente agora, ao tornar o plágio público, a equipe que constroi o Plano de Governo do candidato Jabes Ribeiro, reconheça que existem trechos copiados no documento que apresenta ao povo de Ilhéus. Dizer agora que, no documento final, as fontes serão anunciadas, não diminui a gravidade do problema. Afinal, o que Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Campo Grande (PB), Cuiabá (MT), Itajaí (SC), Guarujá (SP) e Chapecó (SC) se assemelham à realidade de Ilhéus para servir como parâmetro para uma futura administração Jabista? Ao reunir o que considera as maiores "cabeças pensantes" da cidade, esperava-se que, sequer uma linha de idéias sobre o futuro de Ilhéus, pudesse ser copiada de realidades tão diferentes da nossa. A equipe de Jabes pisou na bola. Nao se sabe se por descompromisso ou desconhecimento. Mas pisou.Créditos;http://www.jornalbahiaonline.com.br