Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Principal
liderança do PMDB baiano, o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa
Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, rebateu as declarações, para ele
indigestas, do presidente estadual do DEM, José Carlos Aleluia. Em entrevista ao Bahia Notícias,
o democrata afirmou que o peemedebista não quis alimentar a candidatura
de ACM Neto a prefeito de Salvador porque teria problemas com a
presidente da República, Dilma Rousseff (PT). “Meu amigo Aleluia está
faltando com a verdade, talvez porque Neto, por todas as desavenças que
tem com ele, não o tenha levado para todas as reuniões que teve com o
PMDB. Nós não apoiamos Neto porque ele não é bom para Salvador. Ele
isola a cidade totalmente dos governos estadual e federal”, escaldou
Geddel, em telefonema ao BN. Ao comentar o fracasso da chamada “união
das oposições” – bloco ensaiado entre DEM, PMDB e PSDB –, o gestor da
Caixa citou a tentativa de composição com o PSDB como exemplo de que não
quis impor o nome de Mário Kertész como prato principal do grupo na
disputa pelo Palácio Thomé de Souza. “Tanto que Imbassahy, que nunca
precisou subir à tribuna da Câmara para ameaçar bater em alguém, nós
admitíamos apoiar e construir uma unidade em torno do nome dele, o que
Neto, com a manobra que fez em São Paulo, vetou”, apimentou, em relação à
fatídica ameaça do postulante democrata ao então presidente Lula e ao
acordo azeitado com os tucanos paulistas em prol da candidatura de José
Serra. Geddel comparou ainda a influência política do falecido senador
Antônio Carlos Magalhães na vida pública de Kertész e Neto para flambar o
agora “adversário”. “Neto não tem experiência de governar e, por mais
que ele queira, não é o avô. Ninguém mais do que Aleluia para saber
disso. Compreendo que, na situação que está, o presidente do DEM precisa
prestar serviços a Neto. Mário foi descoberto, pela sua competência,
por ACM, que o nomeou secretário de Planejamento aos 26 anos. Quem
descobriu ACM Neto é uma incógnita”, tostou. Toda a polêmica é
decorrente de uma falta de acordo entre as direções do PMDB e DEM, que
não conseguiram harmonizar o jantar de 2012 com o vinho de 2014.Do BN.