ESTRATÉGIAS DE CAMPANHA


Há cerca de um mês escrevi uma matéria sobre “Estratégias – Defesa e Campanha”. Na ocasião focalizei o costume dos habitantes das antigas cidades de construir fortes muralhas no seu entorno, visando protege-las do ataque de hordas estrangeiras.
Focalizei, também, os caminhos que deveriam tomar a Frente Unificada e o PT, visando tornarem-se competitivos em relação ao candidato Jabes – praticamente imperdível, à época. A situação agora está bastante mudada. A frente unificada desfez-se por completo. O candidato mais forte da “frente” passou a integrar a chapa de Jabes como vice-prefeito. Aparentemente tal adesão tornaria a candidatura Jabes muito mais fácil, porém a grande verdade é que a grande maioria dos eleitores de Cacá votava nele em razão de ser um candidato de oposição a Jabes. Passando para o seu lado (de Jabes) Cacá perdeu substância e autenticidade. Entendo que comprometeu seu futuro político e contribuiu para que a “Frente” já desfeita, se recompusesse com mais vigor. A desistência da candidatura de Ângela para compor com Carmelita foi um passo importantíssimo para tornar o “páreo” mais equilibrado. Ruy Carvalho e outros lideres importantes, além de partidos políticos de expressão engrossaram as fileiras da nova Frente, tornando-a bem mais consistente. Como falei na matéria com o título “ASSIM FALOU ZARATUSTRA” a eleição para prefeito em Ilhéus tornou-se maniqueísta ou dualista. Trava-se, no campo municipal, a luta de Ahaura Mazda ou Ormuzd contra Arihmã, personificando o bem contra o mal. Saliento que não estou classificando especificamente qualquer dos grupos como a encarnação do bem ou do mal. O eleitor, entretanto, como na religião conhecida como Zoroastrismo, entenderá sua opção como a do bem e a antagônica como a encarnação do mal.
Com a realização das convenções os quadros partidários com o estabelecimento das coligações estão bem definidos. A grande distância anteriormente existente está grandemente diluída. A campanha mais inteligente, mais bem estruturada e com militância mais ativa, tem tudo para prosperar. O trabalho das coordenações fará o diferencial, aliado às mensagens dos candidatos. O chamamento da população para colaborar na campanha e no projeto de governo serão decisivos para um bom resultado. A população está consciente da necessidade de mudanças radicais. Maior combate à pobreza, educação voltada para o mercado de emprego regional, mais segurança e tributação mais justa são itens que têm que ser levados em conta, se quisermos sair da mesmice e não ficar tão dependentes dos repasses estaduais e federais. Ninguém acredita mais nos Mandrakes e Merlins, que usando vara de condão transformam chumbo em ouro. Tratar com seriedade as coisas públicas é o mínimo que se espera de um gestor público.
Além do mencionado faz-se necessário uma maior conscientização da população, no sentido de votar em candidatos da cidade, para cargos de deputado estadual e federal. A cidade não tem como reivindicar e conseguir coisas importantes dos governos estadual e federal se não tiver seus próprios representantes nas casas legislativas (estadual e federal). Em todas as eleições aqui realizadas votamos em mais de quatrocentos candidatos de fora. Até mesmo naqueles querem se apossar de áreas importantes do nosso município ou que recebendo milhares de votos aqui arranjam TRINTA E OITO MILHÕES DE REAIS PARA OBRAS EM ITABUNA e nada para Ilhéus sob alegação de que não apresentamos projeto. Coisas desse tipo devem pesar na hora de escolhermos em quem votar. Vamos aguardar a atuação dos grupos e as estratégias adotadas, torcendo para que a população desta vez acerte. Lembrem-se o erro ou o acerto recaem sobre nós mesmos. Escolha certo ENTRE O BEM E O MAL. Não há outra saída.Escrito por Antonio Olimpio.