Uma das principais críticas da oposição ao Governo Lula girou em torno da suposta cooptação dos sindicatos e dos movimentos sociais.
O governo tucano em Minas Gerais, diante da crescente pressão de professores, de funcionários públicos e de movimentos sociais desde o final da gestão Aécio Neves, decidiu adotar a postura tão criticada anteriormente.
Em 2010, foi anunciado o convênio entre o governo Aécio Neves e a Força Sindical. O objetivo da parceria era melhorar o atendimento nos Centros de Solidariedade e Apoio ao Trabalhador (CSAT): o Governo de Minas repassaria R$ 2,9 milhões para a implantação e a manutenção dos serviços no CSAT e a Força Sindical contrataria os funcionários, além de administrar os Centros.
Mas por que Aécio Neves teria escolhido justamente a Força Sindical para promover a parceria? Por que outras endidades sindicais não foram agraciadas com dinheiro público do Governo de Minas?
Agora, começamos a entender melhor o significado daquele acordo e seu objetivo real. Em contrapartida, todos os dirigentes da Força Sindical em Minas Gerais estão se preparando para uma filiação em massa ao PSDB no dia 20 de agosto deste ano.
A Força Sindical engrossa as bases eleitorais em torno de uma suposta representatividade do trabalhador no PSDB e, ainda, corrobora a mítica necessidade de termos um Presidente da República mineiro.
Mais uma vez, Aécio Neves utiliza dinheiro público para construir alianças políticas e patrocinar seu projeto pessoal de ser presidente em 2014.