Bolsa Família aquece economia baiana com injeção de mais de R$ 2,1 bi em 2011


O programa Bolsa Família movimentou, em 2011, mais de R$ 2,17 bilhões na economia baiana. Os recursos representam um acréscimo de 12,2% em relação a 2010. No estado, o programa federal, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), beneficia 1,75 milhão de famílias.

Em 2011, novas iniciativas foram incorporadas ao Bolsa Família. O limite dos benefícios variáveis aumentou de três para cinco filhos por família. As grávidas e nutrizes (até seis meses) começaram a receber benefício. Também o acompanhamento pré-natal nos postos de saúde foi incorporado como condicionante, a fim de garantir a saúde da mãe e do bebê.

Os valores dos benefícios hoje variam de R$ 32 a R$ 306, dependendo do perfil econômico e da quantidade de filhos de até 17 anos. Eles foram reajustados em até 45% no ano passado.

“Com o incremento do programa, tanto no aumento do valor dos benefícios pagos, quanto na ampliação das modalidades (gestantes e nutrizes), a Bahia obteve uma melhora na qualidade de vida das famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, visto que prevê não só a transferência de renda, mas também o acompanhamento da educação e da saúde”, destacou a coordenadora estadual do Bolsa Família, Luciana Santos.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) comemorou a proeza do programa em retirar milhões de pessoas da extrema pobreza. “Dá muita felicidade ver um programa – criado para ajudar as pessoas a superarem um momento de extrema dificuldade, que foi se aprimorando e que agora dá a oportunidade dessas mesmas pessoas se sustentarem sozinhas”, comemorou Pinheiro, comentando a informação de que mais de dois milhões de pessoas deixaram o Programa Bolsa Família, nos últimos oito anos, por terem saído da situação de extrema pobreza.

Nos últimos anos, 5,8 milhões de beneficiários do programa Bolsa Família deixaram de receber o benefício do governo federal. Desse número, 2,2 milhões de famílias (40%) pediram seu desligamento, ao conquistarem a independência financeira com o aumento da renda per capita. “O detalhe é que a iniciativa partiu dos próprios beneficiados. Vejo isso como uma espécie de comemoração, como se fosse alguém vencendo uma etapa da vida, comemorando o fato de ter sido preparado pelo Bolsa Família”, acrescentou Pinheiro.