OMovimento Negro Unificado (MNU) seção Ilhéus, superou o desafio que era criar na cidade um curso de Yorùbá. Foi realizado no ultimo fim de semana, eventualmente, na unidade escolar Profº. Osvaldo Ramos, já que estava prevista para ser no Clube 19 de Março, a aula inaugural ministrada pelo Profº. Genivaldo Guimarães dos Santos contando com a participação dos grupos de capoeira Bangalô, Aliança de Ouro, Lua Branca e Raízes do Quilombo, movimento de mulheres, sem-terras, associação de moradores de Vila Cachoeira, associação coletivista Dom Helder Camara, da yálorixa Bernadete Souza, da líder comunitária Marinalva santos, Professora Marta Diretora do colégio Osvaldo Ramos, Paula Regina Presidenta do conselho municipal de mulheres, de professores e estudantes, católicos, evangélicos, espíritas, sindicalistas, povo de Axé e militantes do movimento negro. O evento contou com as presenças de Francisco Estevan e Adeildes coordenadores do MNU – Itabuna.
Edson Vieira coordenador geral do MNU considera “uma incoerência nós descendentes de africanos não priorizarmos uma língua africana, por sinal, contemplada pela Lei 10639”, que trata do aprendizado de história e culturas africanas nas redes de ensino. A professora Rita Maria Souza, coordenadora de cultura do MNU, lembra que a Nigéria cuja língua é o Yurùbá é a 3ª maior Indústria cinematográfica do mundo e que pelos porto e aeroporto de Ilhéus chegam de países de língua Yorùbá muitos operários, turistas e empresários. Por tanto, só por este aspecto já se justifica o curso de Yorùbá. Moacir Pinho e Eduardo Trindade (morcegâo), especialistas em Educação Etnico-Racial estão otimistas quanto ao resultado do curso para o fortalecimento da identidade afro brasileira no município. Os alunos terão novo encontro no próximo sábado no Clube 19 de Março.