ILHÉUS & GABRIELA
22:19, 7 de novembro de 2011walcyrcarrascoSem categoria
Fui para Ilhéus com o Maurinho (o diretor Mauro Mendonça Filho), que fará a direção geral de “Gabriela”. A de Núcleo será do Roberto Talma. Foi também a Verônica, da produção, e o cenógrafo Mário Monteiro com sua mulher e parceira Cacá. E para nos ciceronear compareceu o ator Fábio Lago, que vocês conhecem de “Caras & Bocas”, onde fez o inesquecível Fabiano. O Fábio é de Ilhéus, portanto nos ajudou a conhecer a cidade profundamente.
Eu não imaginava que ia gostar tanto de Ilhéus. A cidade é linda. São muitos os prédios e casas Art Nouveau e Art Deco preservados. A cidade foi imponente, teve um passado grandioso. O mais incrível é ir ao lugares que inspiraram Jorge Amado em “Gabriela”. No primeiro dia, jantamos no Bataclã. Hoje é um restaurante. Mas no passado foi um bordel, comandado pela Maria Machadão, que realmente existiu!
Tem também o Vesúvio, bar do turco Nacib, que se apaixona por Gabriela. E as casas dos coronéis. Jorge Amado se inspirou em coronéis que realmente existiram! Por isso mesmo quis conversar com descendentes das antigas famílias do cacau. Uma das pessoas mais interessantes que encontrei foi dona Maricy, neta de um importante coronel. Além de pianista, ela conheceu de perto Anita Malfatti, Oswald de Andrade… e tocou um pouco de piano para mim!
O processo criativo de um autor exige que se converse com pessoas. Ouvir memórias é muito estimulante. Muitas vezes quando alguém me pergunta como se começa a escrever, eu respondo:
– Ouça as pessoas!
Conheci outros descendentes das grandes famílias do cacau. Foi maravilhoso me aprofundar no universo de Jorge Amado e de Gabriela!
Mas é claro, eu comi! Já contei no Twitter parte do exagero. Farei um resumo rápido dos pratos que traçamos, eu, o Maurinho e a equipe, em três dias: lagosta com caju no Bataclã; polvo a provençal, carne seca, bobó de camarão (duas vezes), galinha de cabidela, feijoada, moqueca de bacalhau, pirão de leite, carne seca de novo, pão delícia, cupuaçu cristalizado, jaca cristalizada, doce de banana, cocada, sorvete de pitanga, sorvete de tapioca, torta de banana, suco de pitanga, suco de cacau, cacau (a fruta) várias vezes. E numa noite em que achamos que estávamos pegando pesado demais e era melhor maneirar, comemos pizza de calabresa! Alguém conhece algum regime à base de pizza de calabresa pra “maneirar”?
Ah, sim, e ainda foram vários e deliciosos acarajés! O Acarajé da Irene em Ilhéus é de derreter na boca!
Mas tudo isso foi uma homenagem a Gabriela que, afinal de contas, era uma cozinheira de mão cheia, segundo o romance de Jorge Amado. Não comi por gula, mas por motivos profissionais. Para entrar no clima!
O resultado foi esse. Quando chegamos numa antiga fazenda, quis me pesar na também antiga balança de cacau. Eis a foto!
Bem….da parte culinária já sei tudo! Agora só falta escrever a novela!
Juro: vou sentir saudades de Ilhéus. Queria voltar lá, ficar um bom tempo. O povo é acolhedor, a cidade linda. E tem praia. Precisa mais do que isso?
Eu não imaginava que ia gostar tanto de Ilhéus. A cidade é linda. São muitos os prédios e casas Art Nouveau e Art Deco preservados. A cidade foi imponente, teve um passado grandioso. O mais incrível é ir ao lugares que inspiraram Jorge Amado em “Gabriela”. No primeiro dia, jantamos no Bataclã. Hoje é um restaurante. Mas no passado foi um bordel, comandado pela Maria Machadão, que realmente existiu!
Tem também o Vesúvio, bar do turco Nacib, que se apaixona por Gabriela. E as casas dos coronéis. Jorge Amado se inspirou em coronéis que realmente existiram! Por isso mesmo quis conversar com descendentes das antigas famílias do cacau. Uma das pessoas mais interessantes que encontrei foi dona Maricy, neta de um importante coronel. Além de pianista, ela conheceu de perto Anita Malfatti, Oswald de Andrade… e tocou um pouco de piano para mim!
O processo criativo de um autor exige que se converse com pessoas. Ouvir memórias é muito estimulante. Muitas vezes quando alguém me pergunta como se começa a escrever, eu respondo:
– Ouça as pessoas!
Conheci outros descendentes das grandes famílias do cacau. Foi maravilhoso me aprofundar no universo de Jorge Amado e de Gabriela!
Mas é claro, eu comi! Já contei no Twitter parte do exagero. Farei um resumo rápido dos pratos que traçamos, eu, o Maurinho e a equipe, em três dias: lagosta com caju no Bataclã; polvo a provençal, carne seca, bobó de camarão (duas vezes), galinha de cabidela, feijoada, moqueca de bacalhau, pirão de leite, carne seca de novo, pão delícia, cupuaçu cristalizado, jaca cristalizada, doce de banana, cocada, sorvete de pitanga, sorvete de tapioca, torta de banana, suco de pitanga, suco de cacau, cacau (a fruta) várias vezes. E numa noite em que achamos que estávamos pegando pesado demais e era melhor maneirar, comemos pizza de calabresa! Alguém conhece algum regime à base de pizza de calabresa pra “maneirar”?
Ah, sim, e ainda foram vários e deliciosos acarajés! O Acarajé da Irene em Ilhéus é de derreter na boca!
Mas tudo isso foi uma homenagem a Gabriela que, afinal de contas, era uma cozinheira de mão cheia, segundo o romance de Jorge Amado. Não comi por gula, mas por motivos profissionais. Para entrar no clima!
O resultado foi esse. Quando chegamos numa antiga fazenda, quis me pesar na também antiga balança de cacau. Eis a foto!
Bem….da parte culinária já sei tudo! Agora só falta escrever a novela!
Juro: vou sentir saudades de Ilhéus. Queria voltar lá, ficar um bom tempo. O povo é acolhedor, a cidade linda. E tem praia. Precisa mais do que isso?