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Por Caliana Mesquita
Problemas relacionados a coluna são os mais comuns entre brasileiros. Estudos realizados em 2008, pela Escola Nacional de Saúde Pública, informou que 36% da população sofre de algum doença de coluna. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi mais longe, apontou que 80% da população mundial teve, tem ou terá algum episódio de dor nas costas até o final da vida.
As atividades mais comuns do cotidiano do ser humano, proporciona um agravamento das dores lombares, nas costas, pescoço, cabeça, ciática, hérnia de disco, escoliose e problemas nas articulações. Pessoas que passam um período longo do seu dia em posição imprópria como sentadas na frente de um computador, ou realizando serviços domésticos, forçando a coluna e parte das articulações do corpo, tendem a ser os alvos mais frágeis destas doenças.
Mas desde 1895 existe um tratamento que dispensa o uso de medicamentos e cirurgias para tratar destes problemas. A Quiropraxia se desenvolveu nos Estados Unidos em uma época em que a medicina passava por mudanças. A diversidade de tratamentos dentro e fora da medicina convencional, não inibiu o medico D.D. Palmer a criar a teoria do “ tratar com as mãos” , que busca cuidar de problemas da coluna e articulações do corpo por meio de ajustes manuais.Criando em 1987 a Escola Palmer de Quiropraxia.
A teoria chegou ao Brasil na década de 20, mas apenas em 1998 a Universidade Feevale, RS, iniciou o projeto de formação acadêmica de quiropraxista, em parceria com a faculdade de quiropraxia dos Estados Unidos, a Palmer College of Chiropractic.
Hoje o Brasil possui 260 quiropraxistas formados e 710 em formação. Um campo de trabalho que esta ao poucos ganhando espaço nas alternativas de tratamento do brasileiro. A divulgação desta teoria, se faz em forma de cidadania. O programa social da Palmer, Clinic Abrod Program, busca levar atendimento e tratamento gratuito de quiropraxia para mais de 15 países em desenvolvimento todos os anos. O Brasil é um desses países, e Ilhéus, na Bahia, uma das cidades contempladas pelo programa.
A cidade de Ilhéus recebeu entre os dias 24 e 28 de outubro, 30 estudantes de Quiropraxia da Palmer, acompanhados por profissionais da área para levar atendimento seguro a população A assistente social, Maria Campello(54) é adepta do tratamento a cinco anos, ela tem escoliose e diz que ”a quiropraxia é bastante eficaz para esse tipo de problema e poder contar com essa equipe de futuros profissionais, tão maravilhosa e de graça é melhor ainda. A equipe está de parabéns pelo trabalho” disse. O carisma dos quiropraxistas contagiaram a população “ eles são muito educados, carinhosos e profissionais. Espero que venham novamente ano que vem” disse a dona de casa, Leonia Araujo dos Santos (50) que chegou sentindo muitas dores nas costas e alegou ter tido seu problema sanado após o tratamento.
Os estudantes que estão no ultimo ano do curso participam do programa para colocar em pratica os conhecimentos adquiridos na academia. Para um dos futuros quiropraxistas da Palmer, Ken Murkowski, “poder obter experiência em outro países contribui expressivamente para minha profissão. O Brasil possui um sistema de saúde diferente dos Estados Unidos e isso é importante para mim ”disse. A quiropraxia não chegou na vida de Ken por acaso, o pai dele é quiropraxista há 40 anos “ quis fazer o curso pois olhava as pessoas entrando na clinica do meu pai de cadeira de rodas e saindo andando, achava isso maravilhoso”. O jovem atendeu cerca de 100 pacientes, a maioria idosos, o que o deixou decepcionado, “ queria ter atendido mais crianças, não as vi aqui. É importante as crianças cuidarem da saúde da coluna para que não cheguem a fase adulta ou a velhice com problemas graves” comentou.
O grupo atendeu nos cinco dias de exposição 2000 pessoas. O coordenador do Programa no Brasil, Ian Rocha, explica que os estudantes vem ao país com recursos próprios “ seria muito bom que pudéssemos contar com incentivos. Obter apoio no que se refere a alimentação, hospedagem, e a divulgação proporcionaria um resultado mais gratificante para a população pois esse trabalho é social e os estudantes é que investem nele para virem aos países” disse Ian ressaltando a receptividade da população que esteve presente no evento.
