Valter Silva fala sobre disputa de projetos na Uesc


Pré-candidato a reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz, o professor Valter Silva fala sobre a proposta de gestão
Considerado um dos cargos públicos mais importantes na região, a Reitoria da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) volta a ser palco de eleições para um novo mandato (2012-2015). Com três pré-candidatos declarados já polarizando a disputa, o próximo reitor somente será conhecido no dia 30 de novembro, quando se segue apuração imediata após um dia intenso de votações. Sonhando com este dia está o pré-candidato a reitor, professor há 15 anos na Uesc e Mestre em Matemática, Valter Silva, para quem esta eleição já está marcada pela disputa de projetos de gestão.
Autodefinindo-se pré-candidato de oposição, Valter Silva apresenta críticas ao atual modelo de gestão administrativa da Uesc. “Temos acompanhado de perto a atual gestão que segue um modelo de 16 anos, da estadualização da Uesc até hoje”. Nesta linha, apesar de admitir alguns avanços na Universidade, citando o aumento de cursos e a contratação de novos professores, Valter Silva evidencia que a política executada não tem foco na humanização das relações e na democratização das instâncias de decisão. “A transparência da gestão, a necessidade de ter uma Universidade que dialogue com setores internos e com a sociedade externa não são amparados pelo atual modelo de gestão”.
Assim, o pré-candidato a reitor da Uesc se apresenta como a alternativa ao continuísmo da atual gestão. “Somos a alternativa com um projeto elaborado coletivamente por professores, servidores e alunos, que prevê a redemocratização das instâncias de decisão na Universidade a partir de quatro eixos”, definiu o professor Valter Silva.
Projeto de democratização
Sobre os quatro eixos, a partir dos quais se delineiam o projeto de gestão do grupo em disputa capitaneado pelo professor Valter Silva, firma-se a busca da excelência a partir da mudança do modelo de Gestão administrativa; as políticas públicas para ensino, extensão, pesquisa e pós-graduação; valorização dos servidores; e políticas públicas de permanência estudantil.
“A criação de uma política específica de valorização do servidor foi demandada por um vasto período de esquecimento desta categoria, não contemplada pelas gestões que por ali passaram. Da mesma forma, apesar de termos ações feitas na política estudantil, não há uma política pública criteriosa de auxílio à permanência do estudante na Universidade”, declarou o professor Valter.
Sobre este assunto, o professor explica que, uma ação recém-lançada na Uesc prevê a redução no preço da refeição cotizados em 400 pratos por dia ao preço de R$1,00. “É bom é, mas não temos garantia de continuidade, não tem critério de acesso e promoveu uma corrida, uma disputa insana entre os próprios estudantes. Sobre o financiamento desta ação, também não nos foi apresentada sua origem”, denunciou Valter Silva.
Desta forma, o professor Valter Silva destaca o que chama de “desafios da Uesc” para a próxima gestão de reitoria: “a busca da excelência, a valorização do servidor, uma política de permanência estudantil clara e coesa, e um maior diálogo com a sociedade regional.
A Uesc deve estar debatendo as questões regionais a partir do material humano que temos e do conhecimento técnico, contribuindo para o desenvolvimento. Temos que estar preparados e nos antecipar às demandas da sociedade, oferecendo possibilidades de crescimento, e não esperando sermos provocados”, explicou Valter.
Nesta linha, foi aprovada recentemente no Conselho Universitário (Consul) uma reivindicação ao MEC, solicitando que a Uesc participe da discussão sobre a implantação da Universidade Federal em Itabuna. “Sem interferir na autonomia da Universidade Federal – luta que vivenciamos cotidianamente na Uesc – pretendemos, sim, participar da comissão de implantação da Federal, para contribuir com esta alternativa à ampliação de vagas para o ensino superior público”, declarou Valter.
O professor falou sobre a importância da Uesc e da nova Universidade Federal caminharem juntas, citando os números de inscritos do último vestibular para a Estadual. “Foram mais de 14 mil inscritos para 1.600 vagas, o que demonstra um déficit ainda muito grande no ensino público superior”, acrescentou Valter.FONTE;http://agora-online.com.br/jornal/