A câmara municipal vive um momento ímpar em sua história. Certamente, em nenhum outro momento esteve tão deteriorada. O péssimo estado de conservação em que se encontra engloba desde defeitos nas caixas de som que transmitem a sessão para a área externa do prédio até as inúmeras goteiras que existem no plenário associadas a um elevador que não funciona. O Joelho do vereador Jailson, vale ressaltar, não suporta mais tanto mau trato. Contudo, o que mais revolta a população ilheense não é a deterioração física da câmara, e sim o processo de deterioração moral de certas personalidades que simbolizam, na atualidade, um hercúleo estrago a civilidade.
Paulo Carqueja, assíduo freqüentador do cafezinho situado em frente ao teatro, por diversas vezes já estacionou o seu carro em cima do passeio. O vereador petista parece agir fundamentado em idéias coronelistas, e não compreender que a lei é para todos. Não bastasse dar um péssimo exemplo a sociedade, Paulo Carqueja foi desmoralizado na sessão de hoje. Sua dupla e fragorosa derrota se deve ao fato da desmoralização ter ocorrido ante aos políticos, no instante da sessão, e ainda diante de uma sociedade cada vez mais informada e vigilante. Durante o discurso corajoso de Rafael Benevides, que denunciava a falta de compromisso de certos políticos com a sociedade ilheense,Carqueja silenciou,ficou constrangido, agiu de forma estranha, parecia conferir a si mesmo doses de profunda culpabilidade. O discurso em questão explicitava a revolta do jovem Rafael Benevides contra vereadores que, segundo Rafael, sobem a rampa do palácio Paranaguá para esfacelar a ética e agir de forma desprezível, chamando a atenção do povo para um vereador fantasma que possui empresas que faturam dinheiro dos cofres da prefeitura. Quem é, afinal, o misterioso “vereador dos boletos”? Logicamente, esse humilde cientista político que vos escreve não esta afirmando que o vereador em questão é Carqueja, mas o ódio explicito que Carqueja sentiu de Rafael naquele instante, insinuando logo depois que o jovem representante do povo fez uma atuação patética, relembrou a todos a máxima filosófica de que o silencio é uma confissão.Carqueja,no ato do pronunciamento de Benevides,não esboçou qualquer reação.Silenciou.Ao se pronunciar,O petista Carqueja,alem de tentar desqualificar seu adversário político,deu uma demonstração inequívoca de seu total desconhecimento a respeito do sentimento da sociedade ilheense.Tentou,na ocasião,se prostar diante de todos como o baluarte da ética,não sabendo que a ética,conceitualmente,constitui um conjunto de diversas morais e é um dos três ramos principais da Filosofia,ciência mencionada nesse artigo que demonstra os equívocos e as atitudes descabidas do vereador petista.
Jailson Nascimento, ao observar as palavras ao vento proferidas por Carqueja, chamou o petista de demagogo, e Carqueja não o respondeu. Mais uma vez, insisto: A sociedade interpreta certos momentos de silencio como uma confissão. E por falar em insistência, insisto: Quem é o “vereador dos boletos”? O slogan de Paulo Carqueja durante sua campanha eleitoral foi “Vamos construir”. Caso o vereador consiga ter a humildade de promover uma séria reflexão, terá a possibilidade de observar que quase nada foi construído. Qualquer cidadão ilheense, caso tivesse uma empresa que vende materiais de construção e fizesse da palavra construir um lema de campanha e um estilo de vida, teria vergonha de exibir os pífios resultados que Carqueja demonstra no exercício de seu mandato. O voto popular, em 2012, pode determinar uma fragorosa derrota, e representar o fim da linha para Carqueja. O café que o vereador costuma tomar em frente ao teatro, hoje doce e saboroso, pode se tornar amargo ao seu paladar, diante dos dissabores provocados por sua própria inoperância