Presidente da CUT-BA fala sobre greves e mobilizações de segmentos diferentes

Martiniano Costa

Crédito: Ascom

Em Salvador, trabalhadores de segmentos diferenciados estão paralisando suas atividades. O presidente da CUT-BA, Martiniano Costa, avalia que as paralisações tendem a continuar em todo o país e nos mais diversos segmentos, pois os trabalhadores estão dispostos a se mobilizar para garantir mais direitos e lutar por aumentos reais de salários.
 
Em relação às manifestações dos rodoviários, em Salvador, nesta quinta e sexta-feira, 15 e 16, Costa diz que não é justo que os trabalhadores sejam punidos pelas empresas e tenham seus salários reduzidos por conta de exigências absurdas e multas abusivas. “Eles já enfrentam muitas horas de estresse no trânsito e não podem ser ainda mais penalizados”, enfatiza.
 
Em relação à paralisação dos trabalhadores dos Correios, que teve início nesta terça-feira, 13, Costa diz que a greve por tempo indeterminado está com adesão quase total em todo o estado. “A greve por tempo indeterminado é a única alternativa para a categoria, diante dos salários que estão muito defasados e da falta de avanço nas negociações”, enfatiza.
 
Enfrentamento necessário – Sobre o cenário internacional de crise econômica, Martiniano Costa diz que a estratégia dos trabalhadores nesse momento é de enfrentar a crise econômica mundial com política de valorização real do salário mínimo, fortalecimento das aposentadorias, aumento dos salários e geração de empregos; com a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e da rotatividade no emprego; entre outros pontos.
 
“A política macroeconômica brasileira, de forma equivocada, mantém as altas taxas de juros, o câmbio valorizado, com cortes nos gastos públicos e elevação do superávit primário. O salário não é vilão da inflação. Para a CUT, é necessário que o sistema tributário seja progressivo, socialmente justo para reduzir as desigualdades de distribuição de riqueza e renda, e que possibilite o Estado a oferecer um sistema de gastos públicos que promova a igualdade de acesso e oportunidades”, diz Costa.
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Martiniano Costa

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