VÍDEO SOBRE DESPEJO DE 300 FAMILIAS SEM TETO EM ITABIRA, MG, Brasil.

Amigo/a, sugiro você fazer 2 coisas:
a) Primeiro, clic no link, abaixo, a assista a um vídeo de 4 minutos sobre o injusto despejo de 300 famílias sem teto na cidade de Itabira, Minas Gerais, Brasil. Uma injustiça que clama aos céus. Aliás, no último dia do despejo, a cidade de Itabira ficou coberta de poeira. Muita gente foi levada para o pronto socorro com problemas respiratórios. Alguém perguntou: "Foi castigo de Deus por causa do despejo?" Um itabirano respondeu: "Não. O Deus da vida não castiga, mas fará justiça aos despejados. Quem envia uma nuvem de poeira, com muita frequência, sobre a cidade de Itabira, é a mineradora Vale, que não se cansa de sugar essa terra e nosso povo."
b) Após assistir ao vídeo do despejo, abra e veja o power point, em anexo. Ele mostra o super apartamento, no Morumbi, em São Paulo.
Isso é o capitalismo, a idolatria do mercado e do capital!
No dia 28 de setembro de 2009, integrantes do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - ocuparam a Fazenda Capim, que abrange os municípios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, região central do estado de São Paulo. A área faz parte do chamado Núcleo Monções, um complexo acima de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e que pertencem à União. A fazenda Capim, com mais de 2,7 mil hectares, foi grilada pela transnacional Sucocítrico CUTRALE, uma das maiores empresas produtora de suco de laranja do mundo. O MST destruiu dois hectares de laranjeiras[1] para neles plantar alimentos básicos como feijão e milho. A ação teve como objetivo chamar a atenção para o fato de uma terra pública ter sido grilada por uma grande empresa e assim pressionar o Poder Judiciário a decidir, já que, há anos, o INCRA[2] entrou com ação para ser imitido na posse destas terras que são da União.
A mídia - latifúndio da comunicação - que ao invés de informar, desinforma - esbravejou contra o MST condenando-o. Após uns dez minutos de imagens e depoimentos acusando o MST, o Jornal Nacional da TV gLOBO, em dez segundos, fez referência a uma nota do MST. Isso se chama, em globalês, ouvir o outro lado. Alguns senadores(as), deputados(as) e outros tantos "ilustres" representantes do agronegócio (grande negócio que gera morte para parte do povo brasileiro e vultosos lucros para uma minoria) e do status quo capitalista vociferaram contra os Sem Terra na “defesa das laranjas da Cutrale”, desculpa esfarrapada para construir uma cortina de fumaça diante das justas reivindicações do MST. Vandalismo? Violência? Terrorismo? Arruaça? Atentado à democracia? (Que tipo de democracia?) As expressões acima foram bombardeadas contra o MST, mas é necessário perguntar: Quem, de fato, pratica violência social há séculos neste país? Quem atenta contra a democracia? O MST ou CUTRALE? Diga o que tu fazes e com quem andas, que direi quem tu és.
As 300 famílias sem teto, de Itabira, que foram expulsas de suas casas de alvenaria - construídas com muito suor, valendo mais de 4 milhões de reais no total - perguntam: Por que a mídia não deu cobertura sobre os tratores e retroescavadeiras destruindo 300 casas de 300 famílias marginalizadas, após o povo ser jogado em "abrigos", que são de fato, campos de refugiados?




[1] Três mil pés de laranjas. A CUTRALE plantou em latifúndio grilado mais de 1 milhão de pés de laranja.
[2] Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.