Quando os paulistas vão à Bahia
Por Luiz Carlos Azenha no Viomundo
Por conta de uma viagem de automóvel, acompanhei parte do jogo entre Bahia e Santos através da narração de uma rádio paulistana.
Sofrível, a narração.
O narrador e um repórter, provavelmente convencidos de que deveriam oferecer um bônus aos ouvintes pelo fato de que tinham viajado a Salvador, se esforçavam para oferecer detalhes “pitorescos” sobre os baianos.
Ambos se concentraram no fato de que, aparentemente, repórteres baianos torciam pelo Bahia. O que serviu apenas para sublinhar o fato de que, eles próprios, narravam o jogo Santos vs. Santos.
O Bahia, quero dizer, não existia em campo, a não ser pela menção de que havia 35 mil torcedores nas arquibancadas, quando a média de público em São Paulo fica muito abaixo disso.
O jogo era, na visão dos narradores paulistas, o Santos contra a sua própria crise.
O que me fez lembrar de um jogo anterior, entre Flamengo e Atlético Goianiense, que “ouvi” na narração de uma emissora de TV.
O comentarista atribuiu cada um dos gols do visitante à incapacidade defensiva do Flamengo.
Era Flamengo vs. Flamengo em campo.
Só lá na frente, quando o Atlético fez 3 a 0, o narrador notou que havia outro time em campo.
Soltou um “não podemos nos esquecer de que o Atlético está jogando bem”. Esquecer? Quem?
Por conta de uma viagem de automóvel, acompanhei parte do jogo entre Bahia e Santos através da narração de uma rádio paulistana.
Sofrível, a narração.
O narrador e um repórter, provavelmente convencidos de que deveriam oferecer um bônus aos ouvintes pelo fato de que tinham viajado a Salvador, se esforçavam para oferecer detalhes “pitorescos” sobre os baianos.
Ambos se concentraram no fato de que, aparentemente, repórteres baianos torciam pelo Bahia. O que serviu apenas para sublinhar o fato de que, eles próprios, narravam o jogo Santos vs. Santos.
O Bahia, quero dizer, não existia em campo, a não ser pela menção de que havia 35 mil torcedores nas arquibancadas, quando a média de público em São Paulo fica muito abaixo disso.
O jogo era, na visão dos narradores paulistas, o Santos contra a sua própria crise.
O que me fez lembrar de um jogo anterior, entre Flamengo e Atlético Goianiense, que “ouvi” na narração de uma emissora de TV.
O comentarista atribuiu cada um dos gols do visitante à incapacidade defensiva do Flamengo.
Era Flamengo vs. Flamengo em campo.
Só lá na frente, quando o Atlético fez 3 a 0, o narrador notou que havia outro time em campo.
Soltou um “não podemos nos esquecer de que o Atlético está jogando bem”. Esquecer? Quem?