A juventude e a politica

                                                 
O desinteresse da juventude brasileira pela política tem aumentado, sendo tal fato preocupante, já que a falta de participação política gera alienação social, enfraquecendo a democracia e favorecendo os maus políticos, os quais aproveitam a desinformação e falta de consciência política da maioria da população para continuarem no poder.
A disputa eleitoral, momento em que a democracia é consumada por meio do voto, vem despertando cada vez menos o interesse da juventude nacional, tal fato pode ser comprovado pelos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) os quais demonstram uma diminuição de 6,8% de jovens inscritos na faixa etária entre 16 e 17 anos, os quais quando questionados sobre a causa do seu atual desinteresse político, respondem como fator principal a falta de confiança nos parlamentares devido à corrupção freqüente ocorrida no cenário político.
É verdade que a corrupção no meio político tem manchado muito a reputação dos parlamentares e de todo esse setor como um todo, mas a omissão política fará com que mudanças efetivas nesse meio jamais sejam alcançadas, pois basta lembrar que há pouco tempo atrás a juventude atuou politicamente contra a escravidão, se levantou contra a ditadura militar e participou de forma efetiva no impeachment do presidente Fernando Collor de Mello acusado de corrupção milionária, mostrando que a má política pode e deve ser combatida com as armas democráticas que o povo possui, as quais devem ser usadas para a construção de uma política proba e ética.
Eximir-se da utilização das armas democráticas que nos foram outorgadas para contribuir com a construção de um país melhor só contribui com a permanência dos erros políticos cometidos, utilizemos, pois o voto, a principal dessas armas para que assim como no passado, possamos conquistar mudanças efetivas nas instituições políticas nacionais.

Por: Elicio Santos.