Desde a noite desta segunda-feira, 18, servidores municipais em greve estão acampados de forma pacífica na Câmara de Vereadores de Salvador. Eles protestam pela falta de respeito por parte da Prefeitura, que tem se recusado a negociar e desmarcou mais uma reunião que estava agendada para as 16h do mesmo dia.
A greve dos servidores municipais de Salvador, que teve início no dia 7 de julho, tem total apoio da CUT. O presidente da Central baiana, Martiniano Costa, reclama que a Prefeitura de Salvador precisa assumir a sua responsabilidade com a cidade e com seus servidores. “É inadmissível que a capital baiana continue a mercê do desgoverno e do abandono, com atrasos de salários e com cortes de ponto”, defende Costa.
O dirigente da CUT e do Sindseps, Raimundo Calixto, presente à ocupação, reforça que a volta dos servidores ao trabalho depende da vontade da Prefeitura em negociar de forma efetiva. “Nós exigimos respeito e dignidade aos trabalhadores e à população que merece serviços públicos de qualidade”, reforçou.
Há três anos sem nenhum aumento salarial, os servidores municipais ainda não tiveram o reajuste do novo salário mínimo de R$545,00 e ainda têm como base os R$510,00 do ano passado. “Os aposentados e pensionistas, bem como funcionários de empresas de economia mista do município, ainda mais penalizados, estão há mais de cinco anos sem nenhum tipo de reajuste nos seus proventos”, acrescenta Costa.
A pauta de reivindicações dos servidores municipais inclui itens como: aprovação do plano de cargos, carreiras e vencimentos, em discussão há mais de dez anos, criação de plano de saúde, entre outros.