O padrão Dilma de combater a corrupção: rua !

DNIT.
O Globo e a Folha (*) anunciam que a Presidenta mandou mais meia dúzia embora do DNIT e vai ela própria preencher os cargos.

Ou seja, bye-bye Valdemar da Costa Neto.

O Valdemar, provavelmente, passará a fazer parte daqueles que peregrinam ao Palácio do Jaburu, para discutir o futuro do Brasil e do mundo com o (vice) presidente Michel Temer e o nobre deputado Eduardo Cunha.

O padrão Farol de Alexandria para enfrentar denúncias de corrupção era encaminhá-las ao brindeiro Procurador Geral (que, como se percebe, fez escola).

O padrão Lula era deixar estar para ver como é que fica.

Até que, vencido pelo PiG (**) e as evidências, mandava o infeliz embora.

Com a Dilma, parece que o padrão mudou.

Saiu a denúncia de manhã na imprensa, o freguês vai embora para casa à tarde.

Mesmo que o Gilberto Carvalho resista, como tentou fazer com o Pagot.

Como me disse o Mino, num jantar, a Dilma já se deu conta das arapucas.

Daqui a pouco ela chega ao Ricardo Teixeira – com quem não despacha.

Chega ao Teixeira,  com ou sem a ajuda do Ministro dos Esportes – clique aqui para ler o que disse o Mino sobre o Ricardo Teixeira e o Ministro Orlando Silva – até quando ?

O Governo já tem a fórmula para tirar o Teixeira da Copa ?, pergunta-se o Mino.

A Alemanha nomeou o Beckenbauer e a França, o Platini, para o papel de presidente do comitê organizador.

Este ansioso blogueiro sugere o Wilson Piazza.

E o Mino prontamente concorda: ele deve ter pelo menos um avô italiano: Piazza !

E, pelo que se vê no Ministério dos Transportes, um dia a Presidenta chega à Copa.

Atribui-se à Presidenta a frase todo dia você abre os jornais e vê uma crise num ministério.

O que mudou do Lula para ela ?

É que o carisma do Lula parecia abafar, congelar algumas crises dentro da caixa de isopor que ele instalou no centro da Base Aliada.

Saiu o Lula, a caixa de isopor perdeu a eficácia.

A Base Aliada mostrou-se o que é.

Uma central de chantagem.

Chantagem multiplicada, a cada crise, pelo golpismo do PiG (**).

Aumentou a corrupção ?, perguntei ao Mino.

Resposta dele:

Não se esqueça que os tucanos não realizavam obras.

(Diz esse ansioso blogueiro, não se tem notícia de uma única obra com tijolo e cimento que se possa atribuir ao sombrio Governo do Farol de Alexandria.)

Volta o Mino: e os tucanos trabalhavam em Grandes Golpes.

No atacado, como a privatização.

Nada que se compare.

Em tempo: o (vice) Presidente agora tem assento cativo no Estadão. Na pág. A6, o (vice) Presidente nos oferece esta pérola: o Brasil passou incólume pela crise européia. Trata-se de um jenio. A crise mal começou, e o (vice) Presidente enuncia um de seus habituais truísmos. A última dele foi dizer que a Dilma tinha que esperar o Pagot voltar de férias. O PiG (**) resolveu incensar o (vice) e pôr lenha na fogueira ? Ou o (vice), de fato, pensa que é ? 


Paulo Henrique Amorim


Amigo de quem ?
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.