A Aliança Batista Mundial apoia a liberdade de imprensa. Por isso ela considera o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de maio, como uma merecida comemoração.
No coração da liberdade de imprensa está a liberdade de expressão, que inclui a liberdade de sustentar opiniões e de receber e transmitir idéias e informação sem interferência do governo. Esses são alguns dos direitos fundamentais estabelecidos e liberdades englobadas nas constituições de uma quantidade de democracias ao redor do mundo.
A tradição profética judia demonstra como tais direitos foram centrais para o chamado profético. “Há uma longa tradição de liberdade de expressão pelos profetas falando abertamente contra a maldade da liderança do povo e contra a exploração do pobre” (Enciclopédia de Religião, Comunicação e Mídia, 2006).
Em uma sociedade em que a palavra do rei era absoluta e suas ações inquestionáveis, o profeta era a única pessoa que publicamente contestava o rei, como Natan fez com Davi (2 Samuel 12). Era um direito pelo qual os profetas de Israel em algumas vezes pagavam um pesado preço, como no caso de Jeremias cujo primeiro livro de profecia foi queimado pelo rei (Jeremias 36), e que foi preso acusado de traição (Jeremias 37).
O Evangelho é uma apresentação aberta. Jamais foi concebido para ser pregado em segredo. “A comunicação pública é essencial para a cristandade” (Comunicação como uma Missão e Ministério da Igreja, 2010). Nós sustentamos a visão de que a liberdade de proclamar a mensagem cristã caracteriza a liberdade que as sociedades deviam compartilhar, dando espaço para a expressão de todas as vozes, incluídas as discordantes.
O mercado de ideias merece ser livre, com salvaguardas necessárias para proteger os menores e os vulneráveis contra forças manipuladoras que exploram os outros para servirem os próprios interesses. Como batistas, nós sustentamos que o nível de liberdade que desejamos para nós mesmos – que ativamente defendemos – deveria ser para os outros também. Os batistas não deveriam exigir uma liberdade para eles mesmos que não estivessem querendo estender a outros.
Central para a prática da liberdade de imprensa é o acesso – acesso à informação bem como aos meios para transmitir e receber informação. O domínio ou controle do fluxo de informação por um ou por poucos tem assim que ser prevenido, quer sejam interesses de governo quer sejam comerciais; políticos, étnicos, raciais, religiosos ou de outras maiorias ou grupos dominantes.
Os batistas deveriam estar na vanguarda na prática e na defesa da liberdade de imprensa, incluindo contestar interesses da mídia quandoeles violassem as muitas liberdades que juraram apoiar, ou quando os padrões da mídia tivessem se tornado relaxados.
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