Dilma cita Funaro em pedido de anulação do impeachment ao STF


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT)
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do processo de impeachment que a destituiu da Presidência da República em 2016. Em manifestação encaminhada à Corte na noite desta terça-feira, 18, a petista, afastada há mais de um ano do cargo, solicitou urgência no julgamento da ação e pediu também a inclusão, nos autos, do depoimento do corretor Lúcio Funaro, que revelou, em delação premiada, supostos pagamentos feitos pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha para comprar votos favoráveis ao impeachment. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, citou um trecho do depoimento de Funaro registrado por escrito, e salientouu que o delator “afirmou que o então ex-Presidente Eduardo Cunha teria angariado recursos financeiros para ‘comprar’ votos favoráveis à destituição de Dilma Rousseff”. “Pela narrativa do colaborador houve pagamento de votos para que a Sra. Presidenta da República viesse a perder o seu mandato. O resultado do impeachment foi, portanto, obtido, com o pagamento ilício e imoral de parlamentares. É o que basta para a confirmação, também por esta via, da ocorrência do desvio de poder que invalida inteiramente este processo imoral de destituição presidencial”, disse Cardozo. Se agora utiliza depoimento de uma delação premiada, Dilma já criticou, por diversas vezes, conteúdos revelados por delatores, como forma de desqualificar acusações que já lhe foram feitas. Leia mais no Estadão.