Picciani faz frente contra golpe ancorado no TCU

  
Do 247.

Líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), informou que destacou integrantes da equipe técnica da bancada para "esmiuçar" o parecer do TCU, referente à rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff, que deverá ser discutido pelos integrantes da Comissão Mista do Orçamento (CMO); segundo ele, dependendo da posição da relatora Rose de Freitas (PMDB-ES), não está descartada a apresentação de um voto em separado: "O voto será numa linha construtiva. O nosso entendimento é que a decisão do TCU vale daqui para frente. Cria-se uma nova prática de gestão do orçamento. Mas transformar isso em algo que justifique um impeachment é um exagero", afirmou; "Além disso, ainda há toda uma discussão se o impedimento cabe em casos pretéritos como o que foi julgado pelo TCU"

Diante do movimento da oposição, que quer forçar o caminho para o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara na próxima terça-feira, o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), armou uma barreira contra o golpe ancorado na decisão do TCU. Ministros do órgão votaram pela rejeição das contas de 2014.

O parecer do TCU deverá ser discutido pelos integrantes da Comissão Mista do Orçamento (CMO). Segundo ele, dependendo do andamento das discussões no colegiado, não está descartada a apresentação de um voto em separado, para contrapor a posição do relator designado, no caso, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ele informou que destacou integrantes da equipe técnica da bancada para "esmiuçar" o documento.

"O voto será numa linha construtiva. O nosso entendimento é que a decisão do TCU vale daqui para frente. Cria-se uma nova prática de gestão do orçamento. Mas transformar isso em algo que justifique um impeachment é um exagero", afirmou Picciani, em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’. "Além disso, ainda há toda uma discussão se o impedimento cabe em casos pretéritos como o que foi julgado pelo TCU", emendou.

A defesa do governo assumida por Picciani ampliou o racha com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu relações com o Planalto após denúncias da Lava Jato.

Leia aqui reportagem de Erich Decat sobre o assunto.