O risco iminente do Brasil em caso de vitória de Maria Osmarina.

“Apesar de se dizer socialista , Marina não pode negar que é refém de megacapitalistas do Brasil e do exterior, notadamente de ONGs holandesas, inglesas, americanas e alemãs que têm interesse direto no extermínio do agronegócio e da pecuária brasileira à pretexto de proteção do meio ambiente.

Se eleita Marina Silva certamente irá mudar o projeto Porto Sul, ouçam o que a mesma diz a este respeito durante a visita que fez a Ilhéus no mês de março.( Aqui).

Segundo Marina, governos estadual e federal não ouviram adequadamente estudiosos e ambientalistas. Dilma abriu mão da gestão ambiental integrada.”

Marina é uma figura pública com fortes características personalistas, exerce férrea liderança sobre seu pequeno grupo de políticos e empresários ligados a ONGs internacionais, mas é extremamente maleável e adaptável ao ideário neoliberal e neoconservador ,que se ajoelha aos interesses antinacionais. 

Como se sabe, Marina não pertence aos quadros do PSB. Sua presença no partido é ocasional, decorrente de a formação política que lidera não ter obtido apoio suficiente em tempo hábil para registrar-se perante o Tribunal Superior Eleitoral. Agasalhou-se no Partido Socialista para “passar a chuva”, algo de que não fazia segredo e que foi devidamente acordado com a cúpula partidária. No arranjo estabelecido, ocupava anteriormente a posição de vice na chapa liderada por Eduardo Campos. Agora, como resultado de uma tragédia, foi ungida candidata a presidente.

O Brasil caminha em uma direção equivocada quando sinaliza uma possível vitória de Marina. Uma mulher que certamente priorizará a criação de Parques biológicos, Reservas ambientais, levando o setor produtivo e em especial ao agronegócio à estagnação enquanto o mundo avança.

A líder da Rede pousava de oponente ao chamado agronegócio, estabelecendo com este uma disputa em torno das questões ligadas à defesa do meio-ambiente. De repente, numa estratégia eleitoral se aproxima do setor e promete tudo. No último dia (28) fez um aceno para melhorar sua imagem junto ao agronegócio. Visitou uma feira do setor sucroalcooleiro e fez um discurso de apoio aos usineiros para atrair os votos do setor.

Mas, ontem mesmo, dia (29), porém, ao lançar seu plano de governo, fez uma promessa que, se levada adiante em eventual mandato no Planalto, tem tudo para se transformar numa ampla batalha justamente contra esse mesmo setor.

Veja o mote da campanha de Marina: “Atualizar os indicadores de produtividade agrícola e acelerar o diagnóstico da função social da propriedade rural”.

Está ali, sem destaque, na página 58 de seu plano de governo em um total de 124, a promessa de atualizar os índices de produtividade usados para a desapropriação de terras para a reforma agrária. Na prática, ao atualizar os índices, o governo passa a exigir um maior aproveitamento das fazendas para que essas não sejam declaradas improdutivas e, seguida, destinadas à reforma agrária.

Trata-se de um tema caríssimo aos fazendeiros e à bancada ruralista no Congresso.

Atualizar os índices, segundo repetem os representantes do setor produtivo, seria uma espécie de abertura da porteira para a desapropriação em massa de áreas para os sem-terra.

Os seguidores de FHC da área econômica e bancos internacionais vieram a público advertir para as qualidades de Marina e suas afinidades com as exigências, diretrizes e determinações da oligarquia financeira. 

Marina apropria-se da história de sacrifício e luta do chamado “povo da floresta” e aparece como herdeira de Chico Mendes, faz uso publicitário da sua condição de ex-ativista das comunidades eclesiais de base, ex-petista e ex-ministra de Lula. Explora a fé evangélica e se tornou a porta- bandeira de visões obscurantistas e fundamentalistas, traço que já tinha exibido na campanha eleitoral de 2010.

Enfim, Marina não tem compromissos democráticos nítidos quanto aos movimentos sindicais e populares, com a política de valorização do salário mínimo, do trabalho e do emprego. Muito menos com a realização de uma política externa soberana. Comprometida com interesses facciosos de ONGs internacionais, não tem capacidade de unir as forças vivas da nação para enfrentar os desafios de um mundo conflituoso e sempre ameaçador para a soberania nacional dos países que lutam para se firmar como nações independentes e progressistas. O baiano que votar em Marina estará votando também contra o desenvolvimento do Estado.