Meu entendimento sobre o pânico na 9ª parada gay

Sobre o Pânico na parada gay de ontem 3 de novembro gostaria de escrever umas palavras.
Foto: Mary Melgaço
Mesmo em detrimento do que no meu entendimento é pouco cuidado  com o evento em si, seja pela desorganização geral com carros estacionados no circuito da festa, carros e motos transitando no meio do povo, as ruas totalmente escuras sem nenhuma iluminação para noite já que a festa de estende para o período noturno, falta total de sanitários públicos, a insistência de usar músicas aleias à cultura gay nos trios da festa, alem da total de políticas voltadas para o público LGBT na festa, acho que a parada gay não é exclusivamente culpada pela grande violência em que fomos expostos ontem no evento, 9ª Parada Gay de Ilhéus. Há na cidade um clima tenso. Há na cidade uma sensação de medo onde quer que sejam feitas as festas. Sejam em locais fechados ou abertos. Chegamos nos eventos tensos, duros amedrontados. Ao menor tumulto já nos assustamos, ao menor corre-corre já causa alvoroço, o menor estampido gera pânico. Ilhéus vive dias de grande tensão, andar armado na cidade é moda, dar tiro na rua com centenas de pessoas ao redor é coisa comum. É triste admitir mas Ilhéus é uma cidade violenta é preciso assumir isto para que a partir deste tomada consciência possamos repensar muita coisa em nossa cidade.
Comecemos a repensar então: a parada gay não cumpre seu papel social de lutar pela causa homossexual, as festas não têm a devida fiscalização por parte dos órgãos públicos, só quando são feitas por desafetos dos governos instalados são exigidos as normas legais de segurança e organização, ao bom estilo "aos inimigos o rigor da lei" e do contrário a coisa corre solta. os eventos em Ilhéus todo dia  cancelam-se sem a menor satisfação ao público as vezes nem o dinheiro se devolve aos que já haviam comprado ingressos, não há respeito ao povo que consome estes eventos enquanto cidadãos é precis ter coragem e ver o que está por traz de tudo isso E um dos passos mais importantes nisto é assumir a violência, assumir a guerra de facções que saiu dos presídios para as ruas e entender que vivemos numa sociedade violenta e consumida pela droga. Enquanto vivermos com a cabeça enfiada no buraco como avestruzes outras pênicos e mortes nas ruas virão.
 Foi na parada gay mas poderia ter sido em qualquer aniversário de boneca.