Jornalista do A Tarde é hostilizado e ameaçado por assessores de Marcelo Guimarães Filho e até por apresentador de TV


Jornalista do A Tarde é hostilizado e ameaçado por assessores de Marcelo Guimarães Filho e até por apresentador de TV
André Uzêda estuda medidas a serem tomadas |Foto: Arquivo Pessoal
O jornalista esportivo do jornal A Tarde, André Uzêda, responsável por uma série de denúncias que envolvem a atual gestão do Esporte Clube Bahia, foi vítima na última sexta-feira (5) de ataques e ameaças feitas nas redes sociais por membros da diretoria da agremiação e parentes do presidente Marcelo Guimarães Filho. Até um perfil falso no Twitter foi criado para propagar difamações e ameaças contra ele. Segundo o profissional de imprensa, em entrevista ao Bahia Notícias, entre os responsáveis que usaram os seus próprios perfis está Bruno Brizeno funcionário do Departamento de Futebol ; Sérgio Queiroz Bezerra, conhecido como Kabrocha  "braço direito" de Guimarães Filho ; e ainda Marcos Guimarães, irmão do dirigente. Entre os diversos ataques, como “maconheiro mirim”, também houve ameaças. No microblog, Brizeno escreveu: “o doce dele ta guardado. Vai cair no meu colo. Essa boneca (sic). [...] Ousadia, o viadinho tem muita, eu quero vê é depois, quando tiver largado. O q é q vai fazer (sic)”. As agressões ganharam repercussão nacional. O caso teve destaque no site Observatório da Imprensa, entidade civil que acompanha o desempenho da mídia brasileira. Isso porque, o apresentador de TV e radialista José Eduardo, mais conhecido como Bocão, também encorpou o coro dos agressores e passou a contribuir com as ofensas. “Odeio jornalista esportivo vagabundo! Esse mané vai aparecer na minha e vai levar piau (sic)”. Segundo Uzêda, Bocão ainda lançou trocadilhos com o seu sobrenome: “O que fazer com jornalista maconheiro? Prende ou deixa Azedar?”. Depois foi a vez de Luis Gustavo Alves, irmão de Bocão e um dos diretores do site Bocão News. “Só anda no Rio Vermelho queimado fumo”, postou.
Uzêda se defendeu ao descrever o caso. “Isso talvez (as denúncias) explique a fúria dos funcionários do Bahia que atacaram minha honra, embora não justifique a ação. O que não se entende e nem se compreende é a cólera de dois profissionais da imprensa neste mesmo caso. Naquela mesma sexta, consegui o celular do radialista José Eduardo e liguei para ele, a fim de que respondesse à mesma pergunta levantada aqui neste texto. A conversa foi nervosa, recheada de palavrões por parte do radialista, que afirmou que ‘resolvia as coisas pessoalmente e se quisesse poderíamos nos encontrar naquele exato momento para nos entender’. Quando rebati dizendo que só uso dos meios legais para solucionar qualquer tipo de pendência, ele debochou: ‘Tenho mais de 180 processos. Um a mais não fará a diferença’", contou. Entre as reportagens produzidas pelo jornalista, está a que levantou pontos na negociação de um jogador da base do clube, que teve 20% do seu passe destinado a um empresário que recentemente entrou para o mundo do futebol. Com a transferência do atleta para Portugal, o empresário recebeu mais de R$ 1 milhão pela transação. Uzêda teve acesso ainda às contas do clube, referentes ao ano de 2011, e veiculou a notícia de que o Bahia tinha fechado a temporada com débito de R$ 18 milhões no caixa, o que depois foi confirmado pela própria diretoria em seu site oficial. Em 2011, reportagens mostraram problemas na formação do conselho que reelegeu Marcelinho Guimarães, a exemplo da escolha de conselheiros irregulares, de acordo com o próprio estatuto do clube, e substituição de 58 outros nomes por suposta preferência políticaClique aqui e leia na íntegra publicação de artigo no Observatório da Imprensa. Informações do Bahia Notícias.