A Comissão Nacional da Verdade encaminhou nesta quinta-feira (30) à Justiça paulista uma solicitação para que o documento de óbito do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975 durante a ditadura militar, seja retificado. A pedido da família de Herzog, o colegiado solicitou ao Juízo de Registros Públicos de São Paulo que no documento conste que a morte dele decorreu de “lesões e maus tratos sofridos durante interrogatório em dependência do 2º Exército DOI-Codi [Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna]” e não asfixia mecânica, como consta atualmente no laudo necroscópico e no atestado de óbito. A solicitação foi decidida por unanimidade pelos membros da comissão, que se reuniram na última segunda (27). Além da recomendação, o grupo também enviou à Justiça cópia da sentença da ação declaratória, movida pela família Herzog, e de acórdãos em tribunais, que manteve a sentença de 1978 de que não havia prova de que o jornalista se matou na sede do DOI-Codi de São Paulo, órgão subordinado ao Exército, que funcionou durante o regime militar. Informações do Bahia Noticias.